Estudo da Associação Brasileira de Franchising e consultoria ECD mostra que franquias alimentícias devem crescer 18,6% este ano
Bruna Bessi, iG São Paulo | 25/08/2011 16:05
(Notícia enviada por e-mail pela professora Angela Masselli)
Divulgada nesta quinta-feira, uma pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a ECD, consultoria especializada no segmento de alimentação fora de casa (food service), revelou que o setor de franquias de alimentos registrou um aumento de 16,8% no faturamento de 2010, alcançando R$ 9,2 bilhões. Segundo o levantamento, as 4,7 mil lojas de 46 redes entrevistadas faturaram, em média, R$ 223 mil cada uma e tiveram um gasto médio por cliente de R$ 13,70. De acordo com a associação, a expectativa de crescimento para este ano é de 18,6%.
A pesquisa mostrou ainda que os shoppings centers continuam sendo o local preferido pelos empresários para abrir uma nova unidade de franquia. As lojas em shoppings respondem por 64,7% das franquias do segmento, enquanto as lojas de rua representam 24,2%. Em seguida, vêm os pontos de vendas em hipermercados (6%), centros comerciais (1,2%) e outras localidades (3,6%). “O consumidor prefere os shoppings porque estes oferecem uma série de comodidades, como estacionamento”, afirma João Baptista da Silva Junior, coordenador do Grupo Setorial de Redes de Alimentação da ABF. Abrir um negócio no shopping, entretanto, tem seu preço. Nos centros comerciais, o custo médio de abertura do negócio representa 11,9% do total dos investimentos. Já nas lojas de rua, esse número cai para 8,4%.
Na comparação do ticket médio do segmento (de R$ 13,70), as redes de comida asiática seguem na liderança, com R$ 26,43. Mas, quando o assunto é crescimento, a comida variada chega ao primeiro lugar com alta de 23,3%, seguido pelas cafeterias que cresceram 18,9% ano passado, pizzas e massas (13,5%), comida asiática (13,4%), sanduíches (10,8%) e docerias (5%). “As franquias de comidas variadas tiveram forte crescimento porque lançaram produtos novos. Com a ampliação da oferta o consumidor sente maior interesse”, diz Donna. O segmento de sanduiches, entretanto, ainda é o mais representativo no faturamento anual do setor e alcançou R$ 9,2 milhões. O faturamento médio por loja também foi maior nas redes de sanduíches, com R$ 378,7 mil, seguido por comidas variadas (R$ 126,3 mil), pizzas e massas (R$ 107,2 mil), comida asiática (R$ 69,4 mil), cafeteria (R$ 50,5 mil) e doceria (R$ 32,7mil).
No que diz respeito à expansão do setor, a grande aposta é o Nordeste. Em 2010, a região concentrava 10,1% das lojas de franquias de alimentos do País. Mas, a expectativa é que esse número ultrapasse os 20% nos próximos dois anos. “Mesmo considerando que as lojas têm presença majoritária na região sudeste (65,7%), as vantagens para a abertura de novas unidades estarão no Nordeste, já que haverá o lançamento de muitos shoppings”, diz Enzo Donna, consultor e pesquisador da ECD Food Service. “Além disso, nesta região as despesas fora de casa respondem apenas por 16% e há muito espaço para crescer”, afirma.
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